Quem nunca ficou com o coração partido só de pensar em deixar seu cão ou gato, doente, internado sozinho em uma clínica? Pois a veterinária Andréia Rzezinski, responsável pela internação na clínica Intergávea, encontrou uma solução: montou uma suíte – com direito a frigobar, ar-condicionado e TV a cabo – para que o tutor não precise ir embora e possa fazer companhia ao bichinho 24h por dia, se quiser.
Até o ano passado, Andréia trabalhava em um espaço menor. Ela via na recepção tutores que não conseguiam ficar em casa, longe de seus cães e gatos. “Era comum ficarem lá, sentados, aguardando o horário das duas visitas diárias.
Me lembro de uma senhora que chegava pela manhã e só ia embora à noite, quando a clínica fechava. Queria estar perto”, conta a veterinária.
Andréia tem três cachorros e um gatinho ainda filhote, que acabou de resgatar. Ao ver estas pessoas na recepção, pensava em sua mais velha, Mel, já com 17 anos. Imaginava que se algum dia ela também fosse internada, gostaria de ficar junto dela.
“Eu sabia de algumas clínicas em São Paulo que permitiam ao acompanhante ficar em poltronas, ao lado da ‘gaiolinha’ onde está o animal, mas achava desconfortável”, disse.
Andréia com Mel, sua cachorra de 17 anos que inspirou a criação da suíte do acompanhante para uma ‘internação animalizada’
‘Internação animalizada’
Em setembro do ano passado, a clínica onde trabalha se mudou para um espaço maior. Foi a chance de colocar seu desejo em prática.
Ao lado da sala de internação, onde há 26 leitos comuns para cães e seis para gatos, ela construiu a suíte do acompanhante – a primeira deste tipo no Rio e, possivelmente, no Brasil todo.
Tila estava internada após cirurgia, mas ficou prostrada e só comia durante a visita. Então foi pra suíte com sua dona, Simone Terra, e em 36h teve alta
Muitos veterinários disseram que Andréia era louca por permitir aos proprietários que vivessem de perto a internação. Advertiam que os donos, aflitos, iriam fazer solicitações a cada minuto.
“Mas não vejo isso. Aliás, o proprietário por perto às vezes até facilita o meu trabalho”, diz a veterinária.
Benefícios à saúde
Pra comprovar, ela menciona a internação de Babi, uma schnauzer com diabetes e problemas renais que veio de Juiz de Fora (MG) para se tratar no Rio.
Babi precisava comer de três em três horas e passear na rua várias vezes ao dia para fazer xixi, algo complicado na rotina de uma clínica.
Via Razões para acreditar
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