Rayane estava na festa junina e foi uma das vítimas mortas no RJ. Reprodução internet.
Uma festa junina terminou com cinco mortos e sete feridos no condomínio Jamaica, em Anchieta, na Zona Norte.
Entre as vítimas fatais, está Ryane, uma menina de 10 anos. O pai da criança é um dos feridos.
Segundo a polícia, 12 pessoas baleadas deram entrada na UPA de Ricardo de Albuquerque, mas quatro não resistiram.
Policiais do 41º BPM (Irajá) foram acionados para a unidade de saúde.
Segundo as primeiras informações, homens que estavam em um carro passaram atirando em direção à festa.
Os relatos dão conta de que as vítimas estavam participando de uma festa junina organizada por moradores do condomínio Jamaica, próximo à comunidade Az de Ouro, quando, por volta das 2h, quatro homens armados em um carro preto efetuaram vários disparos em direção à festa.
Ainda segundo os relatos, esses homens seriam do Complexo do Chapadão.
Além da criança, as outras vítimas são Yuri Lima Vieira e Yan Lucas Soares Gomes, ambos de 23 anos, Josué de Oliveira Xavier, de 20, que, segundo a Secretaria estadual de Saude, já chegaram mortos à unidade.
Antônio Marcos Barcelos Pereira Júnior, de 22 anos, chegou a ser transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas morreu na manhã deste domingo.
Os feridos foram transferidos para os hospitais municipais Salgado Filho, Lourenço Jorge, Pedro II, Souza Aguiar e Evandro Freire.
Segundo a Secretaria municipal de Saúde, dois dos feridos já tiveram alta: um do Hospital Salgado Filho e outro da Coordenadoria de Emergência Regional (CER) Santa Cruz.
Um homem segue internado no Salgado Filho e seu estado de saúde é estável. No Souza Aguiar, outra vítima foi operada e seu estado também é estável.
Uma mulher transferida para o Hospiral Lourenço Jorge passou por cirurgia na mão e seu estado de saúde é estável; a previsão, segundo a Secretaria de Sáude, é de que seja transferida para enfermaria ainda neste domingo.
A secretaria ainda não tem informações sobre o estado de saúde de um homem que foi transferido para o Hospital Evandro Freire.
Para Luís Otávio Franco, delegado adjunto do Grupo Especializado em Local de Crime (Gelc) da Delegacia de Homicídios (DH), uma das hipóteses é a guerra de tráfico na região:
— Está sendo ventilada essa hipótese. Perto do local fica a comunidade Az de Ouro, dominada por uma facção.
Um pouco mais distante, fica o Chapadão, dominado por outra. Moradores do local acreditam nessa linha.
Certamente, essa será uma das linhas da investigação.
Áudio de morador diz que crime era tragédia anunciada
Circula nas redes sociais o áudio de um morador falando sobre o ocorrido. Ele diz que o crime desta madrugada já era uma tragédia anunciada:
"O negócio ficou feio. Tive que voltar de marcha à ré. Ali era uma tragedia anunciada. Esses malucos ficam mandando recadinho para os moleques do outro lado, falando que vão invadir, matar, fazer e acontecer.
Aí faz festinha junina e fica todo mundo ali desguarnecido, sem uma peça, sem nada. Quem acaba sofrendo é quem não tem nada a ver.
Vai fazer o que ali? Ali não é uma festa familiar, a verdade é essa. Quem conhece ali sabe o que estou falando. Está no lugar errado e na hora errada.
A garotinha de dez anos tomou tiro no peito e morreu".
Segundo a PM, na madrugada deste domingo, equipes do 41° BPM (Irajá) foram acionadas para checar a entrada de vítimas de disparos de arma de fogo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque.
Chegando ao local, os policiais constataram a entrada de 11 feridos, mas que quatro deles não tinham resistido.
O delegado Luís Otávio Franco informou, na manhã deste domingo, que foram 12 baleados.
Em nota, a Polícia Civil informou que a "Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias em que quatro pessoas morreram e oito ficaram feridas na madrugada deste domingo, em Anchieta.
Diligências estão sendo realizadas e a investigação está em andamento".
Via Extra
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