As aulas de colégios estaduais de três cidades do Norte Fluminense já foram suspensas por conta do aumento de casos.
Segundo o secretário Comte Bittencourt, Macaé, Carapebus e São Franciso de Itabuapana passaram da fase amarela para a laranja há quase duas semanas.
— Quando acontece isso (mudança das fase amarela para a laranja), as aulas são suspensas automaticamente. Estamos acompanhando — afirmou o secretário.
A rede voltou a funcionar há exatamente um mês, mas apenas para alunos do terceiro ano do ensino médio que queiram se preparar para o Enem.
Segundo Comte, cerca de 3.500 estudantes participam das atividades.
— Nas cidades onde estão tendo aulas, há 60 mil alunos no final do ensino médio e cerca de 28 mil inscritos no Enem — afirma. — E nesse tempo tivemos apenas dois casos, em escolas na capital. Fechamos por três dias para analisar se havia mais doentes e desinfectar as salas.
Já a rede municipal do Rio afirmou, sobre a possibilidade de voltar a fechar as unidades, que "segue as orientações do Comitê Científico da Prefeitura".
O retorno às aulas presenciais na rede ocorreu na última terça-feira para alunos do 9º ano, do último ano da Educação de Jovens e Adultos e do Carioca 2 (projeto de correção de fluxo) em cerca de 400 escolas públicas municipais cariocas.
Nessa quata-feira, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio realizou uma manifestação na porta da Prefeitura do Rio contra o retorno presencial às salas de aula.
— Esse retorno é precipitado. Além disso, a prefeitura não dá garantia de condições de higiene e de equipamentos de proteção adequadas — afirmou Alex Trentino, coordenador-geral do Sepe.
Um levantamento aponta que o Rio de Janeiro foi a cidade que mais registrou mortes por Covid-19 nas duas semanas que antecederam o dia 17 de novembro.
Foram 505 mortes no período, contra 404 óbitos ocorridos na capital paulista, que sempre apresentou os piores índices da doença e aparece em segundo lugar.
O Rio só fica atrás em número de casos, que voltou a disparar em São Paulo: nos mesmos dias, mais 15.476 pessoas foram infectadas lá, contra 8.045 pacientes cariocas.
Rede privada defende ficar aberta
Apesar do crescimento do número de casos e mortes, representantes de colégios privados defendem que as unidades devem continuar funcionado.
Ademar Batista Pereira, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), argumenta que a educação deveria ser considerar atividade essencial.
Via Extra
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