Desrespeito aos pedestres, bagunça e mau cheiro no calçadão de Nova Iguaçu - Baixada Viva Notícias

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Desrespeito aos pedestres, bagunça e mau cheiro no calçadão de Nova Iguaçu

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Lojistas expõem mercadorias no Calçadão e dificultam a circulação de pedestres. O desrespeito ocorre em praticamente toda a extensão do centro comercial. Foto: Davi de Castro/Jornal de Hoje

Os pedestres continuam sendo alvo de desrespeito no Calçadão da Avenida Amaral Peixoto, no centro comercial de Nova Iguaçu. 


Eles são obrigados a se submeterem ao sol ou à chuva, nos dias quentes ou chuvosos, pois as calçadas estão ocupadas por tabuleiros das lojas.

Em 23 de julho uma equipe do Jornal de Hoje percorreu a extensão do Calçadão, que havia se tornado um estreito corredor, com camelôs por todos os lados. 


A população reclamou, a prefeitura retirou os ambulantes, mas o pedestre continua impedido de transitar pelas calçadas.

O mesmo lojista que reclamava que o Calçadão estava abarrotado de ambulantes, fazendo concorrência desleal, ao comercializar os mesmos produtos das lojas, agora faz o mesmo que os camelôs. 


Essa observação é feita pelo advogado Geraldo Pereira Santos, 47 anos, ao passar pela avenida na manhã de ontem.

“Vejo que lojistas pressionaram os governos pela retirada dos camelôs, alegando que era preciso desobstruir as calçadas e facilitar o acesso de clientes ao interior da loja. Veja que, com a retirada dos ambulantes, os lojistas tornaram o acesso muito pior”, mostra a Geraldo, apontando para a entrada das lojas próximas à Galeria das Marcas.


A menos de 10 metros do local, um grupo de agentes fiscais conversava tranquilamente, sem se incomodar com a situação.

Idosos reclamam da bagunça

Perto dali, na esquina do Calçadão com a Avenida Nilo Peçanha, uma loja ocupa todo espaço que é destinado para o ir e vir do pedestre, num flagrante desrespeito ao Código de Posturas da Cidade. 


“Toda a calçada em frente à Citycol é ocupada por tabuleiros de produtos do estabelecimento. Não há lugar para que eu possa passar. 

Tenho que seguir pelo meio da rua, no sol ou na chuva”, reclama Marieta Ventura de Oliveira, 63 anos, ao tentar passar pela calçada, sob a marquise do quarteirão.

Mais adiante, na esquina da mesma avenida com a rua Dr. Luiz Guimarães (antiga Treze de Maio), outra loja ocupa totalmente a calçada. 


“Agora vê se pode isso? O passeio é público, mas ninguém pode passar”, critica dona Heloisa Arantes, uma senhora idosa, de 70 anos, que seguia para uma loja de móveis e eletrodomésticos e teve de desviar dos tabuleiros e bolsas na calçada.

Governo não se importa com mau cheiro

De acordo com a lei 2112, de 19 de dezembro de 1991, que institui o Código de Posturas do município, não pode haver camelôs vendendo os mesmos produtos de supermercados a menos de 100 metros deles. Como também não pode haver camelôs a menos de 50 metros um do outro. 


Entretanto, nada disso é respeitado. Na Rua Governador Portela, por exemplo, há tudo isso. Nela existe uma verdadeira bagunça a céu aberto. 

Nesse trecho se vende desde calcinhas, a carnes ensacadas, pão, perfumes, papel higiênico, tecidos, iogurtes, remédios, facas, tesouras, material de fogão, limpeza, ferramentas e até veneno de rato. 

Nos fundos dos supermercados jorra água de esgoto, forma grande poças e muita lama. Porém, nada disso incomoda ao governo, ao setor de posturas ou de saúde pública de Nova Iguaçu. 


“Isso só incomoda a nós, que pagamos impostos e votamos nesses caras”, arremata Neiva Antúrios de Palma, 57 anos.


Fonte: Jornal de hoje

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