Jovem disse que está desempregada e teve a ideia de usar o objeto, um dia antes do nascimento. História é semelhante a do pedreiro que cedeu a carriola para o filho em MS.
Tanto os pais como os bebês não se conhecem e, talvez, jamais terão os caminhos cruzados. No entanto, desde cedo, possuem histórias semelhantes de luta.
Há cerca de um mês o G1 mostrou o improviso de um pedreiro ao usar a carriola como berço para filho, além de emprestar para os vizinhos.
Agora, uma mãe desempregada, que pegou uma caixa plástica, limpou e lá colocou a “melhor coberta” para receber a Valentina, com apenas 15 dias de vida.
“Eu estou sem trabalho e não posso contar com o pai dela, apenas a ajuda da minha mãe e irmãs. Eu então peguei emprestada a caixa, onde meu padrasto guardava as ferramentas dele e lavei para colocar a bebê. Tive a ideia um dia antes dela vir pra casa, porque não tinha um lugar ideal para ela”, afirmou Maiara de Oliveira Santos, de 24 anos.
Moradora do Jardim Canguru, região de periferia, ela conta que também é mãe de um menino de 4 anos.
“Foi o improviso para dar conforto a ela. Agora, há alguns dias, nós ganhamos algumas roupas, o carrinho e graças a Deus posso deixá-la fora de casa.
Antes, com a caixa, não podia tirar da cama. Ela nasceu pequena, com 37 centímetros e eu já estava preocupada, pois, logo ia crescer”, comentou.
A doação ocorreu por voluntárias, que possuem um grupo de WhatsApp, no qual colocam fotos ou comentam a situação de pessoas em vulnerabilidade.
A mesma “onda do bem” foi a que atingiu a família do pedreiro Weslley de Oliveira Torres, de 27 anos, morador da comunidade Bom Retiro. Ele e a esposa, uma adolescente de 16 anos, também receberam o carrinho para o filho Luan, após a divulgação da imagem do filho nas redes sociais.
“A gente limpou, colocou as cobertinhas e agora ele dorme lá. Antes, dormíamos juntos e a gente levantava toda hora, com medo de machucá-lo.
Durante o dia, empresto para os vizinhos passearem aqui na comunidade. Tem muita criança aqui e é o único jeito de dar conforto a eles”, comentou na ocasião o pedreiro.
Na ocasião Weslley abriu mão temporariamente da profissão, já que precisava da carriola. “Meu marido teve a ideia e eu apoiei, principalmente porque não tínhamos condições de comprar as coisas para ele. Nossa preocupação para dormir, pelo menos, diminuiu bastante.
E, durante o dia, os vizinhos usam para passear com outras crianças. Por enquanto, ele não carrega mais cimento e está trabalhando com reciclagem”, comentou a mãe do menino, Geice Nunes Ferreira.
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