Coronavírus: Bailes funk e igrejas desrespeitam medida contra aglomeração de pessoas - Baixada Viva Notícias

Responsivo após foto post

Coronavírus: Bailes funk e igrejas desrespeitam medida contra aglomeração de pessoas

Compartilhe
Foto: meramente ilustrativa


Bailes funk, igrejas e até jogos de futebol desrespeitaram a medida dos governos estadual e municipal contra a aglomeração de pessoas durante a pandemia de coronavírus em São Paulo.


Nesta segunda-feira (23), o governador João Doria (PSDB) declarou que essas reuniões são ilegais e que for pego participando delas será preso pela Polícia Militar.


Vídeos que circulam nas redes sociais mostram diversos grupos em comunidades desobedecendo à recomendação para evitar reuniões públicas ou privadas entre a semana passada e o último fim de semana.

As imagens foram feitas pelos próprios moradores, que, mais do que os barulhos, temem que as aglomerações propaguem ainda mais a circulação do vírus nas comunidades.

Desde o dia 13 de março, prefeitura e governo determinaram o cancelamento de todos os eventos de massa na capital e no estado, com mais de 500 pessoas, devido ao número de casos de Covid-19. Mais tarde a recomendação foi estendida para eventos de todo tamanho.


Até esta segunda-feira (23), 30 pessoas morreram no estado em razão da doença.

A determinação contra aglomerações vale para eventos esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, religiosos e comerciais. 

A medida foi adotada por tempo indeterminado para prevenir riscos de transmissão pelo coronavírus.

No sábado (21), o governo foi mais incisivo e determinou que o cumprimento da quarentena será fiscalizado pelo estado e também pelas prefeituras.


Alheias à quarentena, comunidades de São Paulo fizeram festas e baile funk no fim de semana.

Por meio de nota, o governador João Doria informou que aglomerações e festas ao ar livre, como os chamados "pancadões", são considerados ilegais e deverão ser coibidos pela Polícia Militar não apenas na Grande São Paulo, mas também no interior e no litoral do estado.

"Nós já orientamos a Polícia Militar [PM] para que, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo, o trabalho normativo é da prefeitura, para impedir e prender promotores de bailes funk ou de qualquer outro tipo de movimento que envolva promoção de público e aglomerações nas ruas. Eles serão presos e terão as sanções da lei”, reafirmou Doria nesta segunda durante coletiva à imprensa.

O governador afirmou que a medida de prisão vale para todo o estado. “É um ato de irresponsabilidade, assim como é um ato de irresponsabilidade você participar disso".


Lista de denúncias

Veja abaixo lista com denúncias de 11 locais onde houve desrespeito à determinação de não haver aglomerações de pessoas. O levantamento foi feito pela Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio:


Baile funk

Quinta (18), Sexta (19) e Sábado (20)
Cerca de 80 pessoas com dois carros com som alto na frente de bar próximo ao local onde tradicionalmente ocorre o baile da DZ7 em Paraisópolis, Zona Sul

Baile funk

Sexta (19) e sábado (20)
Avenida Antônio Augusto Filho, Jardim Jaqueline, Vila Sonia, Zona Oeste

Baile funk

Sexta (19) e sábado (20)
Jardim São Francisco, São Mateus, Zona Leste

Baile funk

Sábado (20)
Heliópolis, Zona Sul

Baile funk

Sábado (21)
Ruas Rodrigues dos Santos e Professor Fonseca Lessa em Sapopemba, Zona Leste

Baile funk

Domingo (22) e segunda (23)
Favela Carumbé, Jardim Paulistano, Brasilândia, Zona Norte
Noite, madrugada e manhã
Futebol, grupos e plateia
Domingo (22)
Quadra de esportes do Jardim Vaz de Lima, Capão Redondo, Zona Sul

Baile funk

Domingo (22)
Jardim Maraca, Capão Redondo, Zona Sul

Baile funk

Domingo (22)
Rua Apóstolo Tiago Maior, Cidade Tiradentes, Zona Leste

Igreja evangélica
Domingo (22)
Parque Maria Helena, Zona Sul

Baile funk, futebol, bares e igrejas evangélicas

Domingo (22)
Favela do Jardim São Remo, Zona Oeste

“Nós da Rede de proteção e resistência ao Genocídio não somos contra as manifestações culturais da juventude. Mas neste momento, temos que tentar garantir a vida de tod@s”, informa nota do coletivo ligado às comunidades carentes de São Paulo.

"Sem aglomeração nas quebradas ! E sem violência! É pela vida! É uma questão de saúde pública!", termina a nota, que criticou o fato de o telefone 156 da prefeitura não funcionar.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou por meio de nota que "tem adotado todas as medidas necessárias para garantir a proteção de todos os colabores, com a aquisição e distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, álcool em gel e luvas, bem como a higienização permanente das unidades policiais. 

Além das compras com recursos próprios, o governo do Estado tem conseguido doações junto à iniciativa privada para distribuição de EPIs aos profissionais de saúde e segurança pública."


"Em relação aos fatos, esclarecemos que a pessoa citada compareceu à delegacia para pedir informações e teve um mal-estar, sendo socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada à Santa Casa. 

Informações sobre o estado de saúde devem ser verificadas junto ao serviço de saúde", completou a pasta da Segurança.


Fonte: G1


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Responsivo final texto

Pages