Morcego de espécie rara, que se alimenta de sangue de animais, é encontrado em Restinga Seca — Foto: André Witt/Governo do estado
A presença de uma espécie de morcego, até então inédita no Rio Grande do Sul, foi identificada por técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, em Restinga Seca, na Região Central do estado.
Três animais da espécie Diaemus youngi, de morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue, foram localizados em 2019.
A captura foi divulgada nesta sexta-feira (26), pela secretaria estadual. Até então, somente a presença de uma espécie hematófaga era conhecida no RS, a Demodus rotundus.
A descoberta foi publicada no periódico científico "Notas sobre Mamíferos Sudamericanos", da Sociedade Argentina para o Estudo de Mamíferos (Sarem).
Após a publicação do artigo, novos espécimes de Diaemus youngi também foram encontrados na região das Missões.
Alerta aos criadores de galinha
O Diaemus Youngi se alimenta de sangue de aves silvestres e galinhas criadas soltas.
Não transmite raiva, como é o caso da espécie mais comum no estado.
O coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da Seapdr, Wilson Hoffmeister, lembra que mesmo assim a presença dos animais deve inspirar cuidados.
“A Diaemus youngi pode transmitir doenças para aves, mas é difícil que consiga contaminar aves comerciais, criadas em galpão, porque esses espaços são telados justamente para evitar isso”, avalia.
“É uma descoberta importante, mas não nos preocupa no combate à raiva. Descobrir essa espécie no Rio Grande do Sul pode, por exemplo, explicar a disseminação de doenças em aves que não tinham explicação lógica até o momento”, afirma.
O analista ambiental da secretaria, André Witt, comenta que, para evitar riscos, produtores de galinhas devem tomar cuidado com suas criações.
O coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora da Seapdr, Wilson Hoffmeister, lembra que mesmo assim a presença dos animais deve inspirar cuidados.
“A Diaemus youngi pode transmitir doenças para aves, mas é difícil que consiga contaminar aves comerciais, criadas em galpão, porque esses espaços são telados justamente para evitar isso”, avalia.
“É uma descoberta importante, mas não nos preocupa no combate à raiva. Descobrir essa espécie no Rio Grande do Sul pode, por exemplo, explicar a disseminação de doenças em aves que não tinham explicação lógica até o momento”, afirma.
O analista ambiental da secretaria, André Witt, comenta que, para evitar riscos, produtores de galinhas devem tomar cuidado com suas criações.
"O ideal é que elas sejam resguardadas no período noturno em galinheiro fechado com telas de diâmetro reduzido, tipo passarinheiras, com o objetivo de impedir o ataque por morcegos hematófagos”, detalha.
Fonte: G1
Fonte: G1
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