O Banco Central informou nesta quinta-feira, 27, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a nota de 200 reais será lançada no próximo dia 2 de setembro, quarta-feira da semana que vem.
A informação foi prestada em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) movida por PSB, Rede Sustentabilidade e Podemos, na qual os partidos pedem a suspensão da produção e do lançamento da nova cédula, entre outros motivos, porque sua circulação facilitaria práticas de lavagem de dinheiro e favoreceria a criminalidade.
Segundo o documento encaminhado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, no entanto, a suspensão causaria “sério prejuízo”, porque já foram entregues pela Casa da Moeda 7,2 milhões de cédulas de 200 reais, com expectativa de que o número chegue a 20 milhões de notas até o dia do lançamento.
O custo total deste primeiro lote será de 6,5 milhões de reais, parte dos 146 milhões de reais que o BC vai gastar até o fim do ano por 450 milhões de cédulas de 200 reais. A nova nota estampará o lobo-guará.
“Na verdade, a concessão da medida liminar pleiteada neste caso acarretaria um sério prejuízo para a execução dos serviços de meio circulante a cargo do Banco Central e para a própria sociedade em si, que vem apresentando demanda crescente por dinheiro em espécie.
Com efeito, a CMB já entregou ao Banco Central 7,2 milhões de cédulas de duzentos reais.
Até o dia 2 de setembro de 2020, data do lançamento oficial da nova nota, a previsão é de que esse número chegue a 20 milhões de cédulas”, diz o parecer, assinado pelo procurador do BC, Ricardo Ferreira Balota.
Sobre a possibilidade de favorecer a criminalidade, por facilitar a circulação de grandes montantes, o banco argumenta que trata-se de um potencial “nulo”.
As alegações são de que o total de cédulas será “muito pequeno” em relação ao volume total do dinheiro em circulação – no máximo 5% até o final de 2020, segundo o BC – e a distribuição das notas será “pulverizada” e terá “baixa concentração espacial”.
Via Veja
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