Pelo menos 26 mil doses da vacina AstraZeneca foram aplicadas no Brasil vencidas.
A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, com base nos dados do Ministério da Saúde.
De acordo com o jornal, os imunizantes vencidos foram aplicados em 1.532 municípios, inclusive no Distrito Federal, onde foram aplicadas 77 doses fora do prazo de validade.
O local com mais vacinas vencidas aplicadas foi Maringá, no Paraná, onde 3.536 pessoas receberam a primeira dose vencida.
No ranking das vacinas vencidas, em seguida aparecem Belém, com 2.673, São Paulo, com 996, Nilópolis, no Rio de Janeiro, com 852, e Salvador com 824 doses aplicadas.
As doses fazem parte de oito lotes que venceram entre 29 de março e 4 de junho. Ainda há 113.976 doses desses lotes que não tinham sido aplicadas até 19 de junho.
Essas vacinas vieram do Instituto Serum, da Índia, e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e foram distribuídas aos estados pelo Ministério da Saúde antes de encerrado o prazo de validade.
O lote da vacina que cada pessoa tomou está disponível na carteira de vacinação. Segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem se imunizou com uma vacina vencida deve se revacinar em pelo menos 28 dias.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou por meio de nota que todos os lotes da vacina Oxford/Astrazeneca enviados aos 92 municípios do estado estavam dentro do prazo de validade.
Dos lotes mencionados na reportagem da Folha de SP, o estado do Rio de Janeiro recebeu apenas dois.
O lote 41202Z005, com validade para 14.04.21, foi recebido pelo estado do Rio de Janeiro no dia 23.01.21 e distribuído aos municípios nos dias 23.01, 01.02, 02.02 e 24.02.21.
Já o lote CTMAV506, com validade para 31.05.21, foi recebido pelo Estado em 26.03.21 e distribuído aos municípios no mesmo dia.
Os imunizantes contra Covid-19 são adquiridos e enviados pelo Ministério da Saúde aos estados.
A SES é responsável pela distribuição das doses do imunizante aos 92 municípios do estado, assim como orientar as secretarias municipais de Saúde.
Desta forma, a Secretaria montou uma operação logística, desde o início da disponibilização dos imunizantes pelo MS, permitindo que as vacinas sejam disponibilizadas no menor prazo possível aos municípios por meio de helicópteros e comboios terrestres, escoltados pela Polícia Militar.
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