Pacientes reclamam de atendimento no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu - Baixada Viva Notícias

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Pacientes reclamam de atendimento no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu

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Parentes e pacientes do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, reclamam do atendimento que a unidade de saúde oferece. A família de um homem que morreu durante um tratamento conta que só foi notificada dias depois do falecimento.





Segundo Fernanda Machado, seu pai, José Fernandes, deu entrada no Hospital da Posse no dia 16 de setembro com um problema no tornozelo. Quatro dias depois, a família foi informada que ele faria uma cirurgia. Mas o procedimento nunca aconteceu, porque o homem já havia morrido um dia antes.




“Quando chegamos lá, eles falaram que meu pai havia falecido, aí ficamos surpresos, falamos ué, faleceu agora? Não. Faleceu no domingo. Ou seja, a pessoa faleceu no domingo, eles ligaram para dizer que a pessoa estava operando na segunda e só avisaram da morte na terça. Eu não pude velar meu pai, não merecia isso” lamenta.


Já Marcela Vasconcelos conta que a mãe teve um AVC e precisava ser transferida para o Hospital da Posse, mas, apesar da gravidade do problema, ela só conseguiu a vaga para depois que reclamou nas redes sociais.




“Ela teve um AVC e ficou lá na UPA aguardando uma vaga pra poder fazer uma tomografia, que na UPA não faz. Ela foi ficando e nada foi resolvido. Eu postei pedindo ajuda pra alguém que tivesse conhecimento no Hospital da Posse. Minha mãe estava morrendo porque não tinha cuidados”, reclama.


A família de um idoso de 88 anos conta que ele pegou Covid dentro do hospital, quando se recuperava de uma cirurgia pra amputar a perna. De acordo com os parentes, que não quiseram se identificar, o atendimento que ele teve enquanto se recuperava não foi adequado.





“Ele estava muito maltratado. Estava com a boca cheia de comida velha, dura, acho que deram comida pra ele e não limpavam. Estava muito sujo, não estava falando, não conseguia falar. Ele estava num estado deplorável”, lembra.


Problemas na estrutura


Além da negligência nos cuidados, os pacientes denunciam também muitos problemas na estrutura do hospital. Imagens enviadas por Francisco de Assis, parente de uma mulher internada do Hospital da Posse, mostram paredes mofadas, infiltrações e até fios desencapados.


“Muita infiltração, muita coisa estragando na parede, teto do banheiro estragado. No banheiro não tinha nem interruptor. Tava lá um fio engatilhado, às vezes a pessoa pode até esquecer e meter a mão e levar um choque. Eu passei olhando as outras enfermarias que também estão iguais ou quem sabe até pior”, reclama.


Em entrevista ao RJ1, o diretor geral do Hospital da Posse, Joé Sestello, disse que a unidade não tem capacidade de atender a todas as demandas.


“Três milhões de habitantes pra ser atendidos em 373 leitos nem a matemática explica. Isso é um problema matemático, é um problema na Baixada Fluminense, é um problema de saúde pública a ser reconhecido pelo Governo Federal e Estadual”, explica Joé.


Sobre o caso do paciente José Fernandes que morreu depois de ser internado para tratar o tornozelo, o diretor do hospital disse que todo o procedimento e o contato com a família foram feitos da forma correta e que está à disposição da família para esclarecimentos.



Via G1

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