Projeto ‘Conhecendo Bel’ cadastra quem trabalha com turismo na cidade - Baixada Viva Notícias

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Projeto ‘Conhecendo Bel’ cadastra quem trabalha com turismo na cidade

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Há alguns anos Belford Roxo chegou a ser destaque como uma das cidades mais violentas do mundo. O tempo passou e a história mudou, entrando em um novo tempo. O município é conhecido como um dos berços do reggae (a banda Cidade Negra nasceu em Belford Roxo). 









A Prefeitura valoriza os artistas e elaborou o Mapa Cultural para distribuir de forma justa os recursos da Lei Aldir Blanc. Agora, a Secretaria de Cultura começa a montar o Mapa do Turismo com o projeto “Conhecendo Bel”. O objetivo do mapa, é cadastrar todos que trabalham com turismo, desde guias, historiadores a bares e restaurantes. É necessário preencher o formulário no site da Prefeitura. A Secretaria Municipal de Cultura fará passeios duas vezes por mês em pontos históricos da cidade.







O prefeito Wagner dos Santos Carneiro lembrou que Belford Roxo está passando por transformações e melhorando seus índices sociais. Ele argumentou que um pedaço da história da Baixada Fluminense – e até do Brasil passa por Belford Roxo. “Temos uma grande riqueza cultural, como a Fazenda do Brejo e a Bica da Mulata. A Prefeitura aposta neste turismo cultural para que os moradores conheçam a história do município”, acentuou.

“Você conhece a Fazenda do Brejo? A importância da Bica da Mulata? Por que o Centro de Belford Roxo é ao lado da estação de trem? Belford Roxo lança o mapa turístico, para responder a essas perguntas. O município tem um valor histórico gigante para o Estado do Rio de Janeiro. O, o projeto Conhecendo Bel é para que a população conheça bem o nosso lugar e seus valores históricos”, destacou o secretário municipal de Cultura, Bruno Nunes, salientando que as visitas serão sempre com guia, professor de história, terminando na Casa de Cultura com exposição de quadros e esculturas, apresentação de teatro e dança.



Mapeamento e censo



As inscrições podem ser feitas através do site da prefeitura de Belford Roxo (www.prefeituradebelfrdroxo.rj.gov.br/cultura), preenchendo o formulário e comprovando que trabalha com turismo. “Temos um desafio de levar mostrar à população que Turismo não é só cartão postal como praias, cachoeiras, mas também, lugares históricos, de progresso, bares e restaurantes”, avaliou o subsecretário municipal de Turismo, Alan Lessa.

O município, além do mapa, que servirá como um censo, também montará a primeira conferência de Turismo para debater junto com os profissionais da área políticas públicas de turismo material e imaterial que beneficiam a população.







Passeio cultural



Um dos projetos começa dia 19 de outubro e levará moradores do município aos pontos históricos e de desenvolvimento de Belford Roxo, como a Fazenda do Brejo, Bica da Mulata, Bayer do Brasil, Portal, Praça de Heliópolis, Centro Cultural Donana e igreja Nossa Senhora da Conceição (conhecida como igreja de pedra).

Os passeios acontecerão duas vezes por mês e terá como preferência as escolas, organizações não-governamentais (Ongs), associações e igrejas. Os interessados devem se dirigir à Casa da Cultura (Avenida Bob Kennedy, s/n, Nova Piam) para agendar o passeio. A Secretaria de Cultura fez uma parceria com a empresa Elicentur, que irá ceder os ônibus para os passeios.







Veja algumas atrações do circuito turístico



Bica da Mulata

A Bica da Mulata é uma estátua de ferro fundida no tempo do império, que possui traços renascentistas. Essa foi uma das 182 esculturas trazidas por Dom Pedro II da França. Ela foi fundida na França na famosa fundição Val d'Osne e marcou o início da água potável no município e simboliza a musa grega Euterpe: a Deusa das Águas.
Ficava localizada em frente à estação de trem de Belford Roxo oferecendo água aos passantes. Com o passar dos anos, a oxidação do ferro transformou a escultura em “mulata”. Depois de ser furtada na década de 50, foi encontrada na cidade do Rio de Janeiro. No ano de 1995 foi trazida novamente para o recém-emancipado município de Belford Roxo. A Bica da Mulata está localizada na rotatória, próxima à Bayer, na descida do viaduto.



Fazenda do Brejo

Ruínas do que restou do casarão da Fazenda do Brejo. Que fica atrás da faculdade Uniabeu (Universidade da Associação Brasileira de Ensino Universitário - ABEU) de Belford Roxo. A Fazenda do Brejo foi adquirida pelo marquês Felisberto Caldeira Brant das mãos do padre Miguel Arcanjo Leitão em 1815.

Na sua administração, foram feitas diversas obras, como a canalização de um braço do Rio Sarapuí com seis eclusas e a regularização do curso. Com a morte de seu pai, em 1842, o conde Pedro Caldeira Brant assumiu as terras da Fazenda do Brejo e, em 1851, a vendeu para o comendador Manuel Coelho da Rocha

.A velha Fazenda do Brejo, antes Ipuera e Calhamaço, foi dividida em loteamentos no início do Século XX.



Centro Cultural Donana



O Centro Cultural Donana surgiu em meados da década de 80, como um espaço voltado para as artes e alfabetização de crianças, jovens e adultos, além de diferentes atividades como exposições e festas com os músicos da Baixada Fluminense. Este cenário - uma casa sem muros e repleto de manifestações culturais e artísticas, localizado no bairro Piam - proporcionou o fomento a uma geração musical que deu origem a bandas como KMD5, Negril e Cidade Negra. A partir disso, Belford Roxo ganhou visibilidade, deixando para trás o título de “cidade mais violenta do mundo”, segundo dados da época, fornecidos pela ONU.







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