Início BRASIL CPMI do INSS: presidente confirma que “Careca do INSS” irá depor nesta...

CPMI do INSS: presidente confirma que “Careca do INSS” irá depor nesta segunda-feira

CPMI quebra sigilos de lobista, ex-diretores do INSS e associações de aposentados A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou 399 requerimentos nesta quinta-feira (11): um acordo entre governistas e oposicionistas priorizou a quebra de sigilo de pessoas e empresas vinculadas a associações de aposentados, e também de sindicatos e entidades supostamente envolvidos em fraudes contra beneficiários da Previdência. Uma das pessoas que teve os sigilos bancário e fiscal quebrados foi Antônio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como o “Careca do INSS”. Além disso, há entre os requerimentos aprovados solicitações de relatórios de inteligência financeira (RIFs) ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Também há pedidos de documentos e relatórios sobre visitas a instituições como Câmara dos Deputados, Palácio do Planalto, Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras. Foto: Reprodução

Brasília — O presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos–MG), confirmou que Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido publicamente como “Careca do INSS”, prestará depoimento à comissão nesta segunda-feira (15). A decisão ocorre apesar de despacho do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou facultativo o comparecimento de Antunes e de outro investigado, Maurício Camisotti.

O papel de “Careca do INSS” no esquema investigado

  • Prisões recentes: Antunes foi preso na sexta-feira (12), em fase da Operação Sem Desconto da Polícia Federal; Camisotti também foi preso.
  • Acusações: Ele é apontado como lobista e articulador de um esquema que envolvia descontos indevidos em aposentadorias e pensões, realizados por associações sem autorização. A PF estima que o esquema pode ter causado prejuízos de R$ 6,3 bilhões ao INSS entre 2019 e 2024. Parte dos recursos teria sido repassada a servidores ou empresas ligadas a eles

Segurança, logística e expectativas

  • Esquema de segurança: O presidente da CPMI declarou que será montado um “grande esquema de segurança” envolvendo a Polícia Legislativa e a Polícia Federal para conduzir Antunes ao Congresso e garantir a segurança durante o depoimento.
  • Reparação financeira: O Ministério da Previdência Social informou que já restituiu cerca de R$ 1,29 bilhão a aposentados e pensionistas lesados pelo esquema de descontos associativos indevidos.

Implicações políticas e investigações futuras

  • A CPMI quer usar as oitivas para apurar responsabilidades, inclusive políticas, e rastrear como funcionavam as relações entre associações, empresas intermediárias, lobistas e servidores do INSS.
  • Há expectativa de que novos documentos e depoimentos (como o de Camisotti, previsto para quinta-feira) revelem mais evidências sobre a extensão do esquema.

error: Conteúdo protegido !!
Sair da versão mobile