A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um novo boletim epidemiológico nesta semana apontando para o aumento expressivo da circulação do vírus sincicial respiratório (VSR) em diversas regiões do país. O crescimento dos casos tem provocado uma escalada nos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças de até cinco anos de idade. As regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste concentram a maior parte das notificações. O Rio de Janeiro já está em alerta sobre do vírus.

De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, integrante do Programa de Processamento Científico e do Boletim InfoGripe da Fiocruz, além do VSR, também vem sendo observado um crescimento preocupante nos casos de influenza em vários estados brasileiros. “Estamos diante de um cenário que exige atenção da população e do poder público, sobretudo no cuidado com os grupos mais vulneráveis”, reforça Portella.

O vírus sincicial respiratório é uma das principais causas de infecção respiratória em bebês e pode levar a complicações graves, como bronquiolite e pneumonia, exigindo internação hospitalar. Com o aumento das hospitalizações pediátricas, unidades de saúde já relatam sobrecarga em algumas localidades.

Diante do avanço das infecções, especialistas recomendam medidas preventivas básicas, como a higienização frequente das mãos, a etiqueta respiratória (cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir) e, principalmente, o afastamento de crianças com sintomas gripais das escolas e creches. “Evitar o contato com outras crianças e idosos é essencial para conter a transmissão. O vírus também representa um risco sério para pessoas com o sistema imunológico comprometido”, alertam os especialistas.

A Fiocruz reforça a importância da vigilância ativa e do cuidado coletivo para conter o avanço dos vírus respiratórios neste período de maior circulação sazonal.