O estudo muda a vida das pessoas, e foi isso que aconteceu em 2024, quando os alunos Ava Bertolucci, Heberson Mateus Reis e Letícia Ricardo da Costa, hoje no 9º Ano de Escolaridade da Escola Municipal Sargento João Délio dos Santos, em Xerém, foram os finalistas da 16º Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os estudantes obtiveram a maior nota do Rio de Janeiro, entre as mais de 1.500 escolas do estado que participaram da Olimpíada, cuja participação é espontânea.
E dessa participação e consequentemente destaque, o trio recebeu um prêmio tão importante quanto a medalha: uma bolsa de Iniciação Científica remunerada pela Unicamp, que tem mudado a vida dos alunos. “O dinheiro tem nos ajudado muito, como para investirmos em cursos para a nossa formação”, contou a aluna Ava, de 14 anos.
De acordo com a professora de História, Carolina Ramalho, que orientou o grupo durante a Olímpíada, a bolsa é o resultado do esforço realizado pelos estudantes, que se empenharam em cada uma das sete fases da prova. “Estudávamos, nos reunimos, trocávamos informações de segunda a sábado. Não descansamos nem no recesso no meio de ano, quando eles vinham para a escola realizar as atividades”, afirmou a professora.  Carolina reforçou ainda que a conquista mostrou aos alunos que o estudo ainda é um caminho que dá frutos.
Já a diretora da escola, Cristina de Souza, que liderou a iniciativa de inscrição da escola na ONHB, afirmou que o feito reverberou por toda a unidade educacional, o que resultou em uma mudança de comportamento. “Percebemos que a Olimpíada mudou a vida deles. Eles estão mais engajados, tudo que propomos, eles se interessam em fazer”.
Empoderados com o resultado alcançado, o trio está se preparando para o futuro com o dinheiro da bolsa. Letícia ingressou em um curso preparatório para o Colégio Dom Pedro II, e Heberson adquiriu materiais de estudo para o Colégio Naval. Somado a isso, eles também estão participando da 17ª ONHB, com ainda mais empenho. “Dessa vez, queremos a medalha!”, afirmou entusiasmado Heberson, de 14 anos.