Uma aula nutritiva, saudável e ainda por cima divertida: é isso que proporciona o Projeto Vida Saudável, que acontece às quintas-feiras (manhã e tarde) no Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (Cemaee), instituição vinculada à Secretaria Municipal de Educação. A ideia é envolver alunos especiais da unidade em oficinas de alimentação saudável nas quais eles praticam receitas saborosas de modo divertido e interativo.
O Cemaee está prestes a completar 15 anos de existência. A missão do Centro de Atendimento é contribuir para o desenvolvimento integral de pessoas com deficiência e outras peculiaridades a partir de intervenções pedagógicas inclusivas. Deste modo, o indivíduo se torna mais preparado para o convívio e a permanência nas escolas regulares e na sociedade.
O Projeto Vida saudável encaixa-se perfeitamente no objetivo do Cemaee de praticar o Atendimento Educacional Especializado (AEE): ele inclui alunos com deficiência em uma atividade prática de cozinha experimental que pode contribuir para uma integração maior deles em casa e na sociedade como um todo.
Rosângela Martins, economista doméstica que atua no departamento de Nutrição da Secretaria Municipal de Educação é quem ministra as oficinas. Nesta quinta-feira (8), ela recebeu os alunos Bianca Oliveira (8 anos), Leticia Maria (13), Daniel Miranda (14) e Samuel Martins (8), que acompanharam com muito interesse a preparação de uma deliciosa vitamina colorida, obviamente, sem açúcar. “É muito satisfatório ver a alegria deles ao participar, Daniel até me ajudou a descascar cenouras. Eles aprendem como preparar receitas, sempre com acompanhamento, mas só de aturarem na cozinha eles ficam muito motivados”, explicou a profissional.
Rosângela contou também que a cada dia de oficinas é um novo tema, e que acaba sendo uma boa atividade em família, pois os alunos estão quase sempre acompanhados dos responsáveis. Na aula anterior o tema foi “bombons saudáveis” por ocasião da Páscoa. Muitos outros temas interessantes e deliciosos estão em pauta, como por exemplo pães, biscoitos e até mesmo como fazer Danoninho em casa.
O Cemaee atende 42 alunos com faixa etária entre 6 e 17 anos, que vão ao Centro para realizar atividades que contribuem para o seu desenvolvimento físico-motor e social. A grande maioria deles está matriculada na rede pública municipal de ensino, embora alguns estudem no próprio Cemaee, cuja direção é do Professor Ivan Charles e a direção pedagógica é da Professora Giovana Lemos.
Ele explica que o Centro é um local onde essas crianças e jovens podem, por meio do atendimento especializado, ter uma qualidade de vida maior: “O Cemaee é uma parte importante na vida desses jovens e, consequentemente, das suas famílias. A cozinha experimental é ótima porque envolve não só o estímulo físico, mas também o sensorial e de socialização”, lembrou Ivan Charles.
O Projeto segue com oficinas temáticas que estão garantidas até o final do ano. Até o momento, são 32 inscritos e cerca de 12 que têm participado das aulas, mas certamente, até a próxima quinta, serão mais alunos envolvidos.
A julgar pela felicidade nas fotos, provar alimentos que os próprios alunos ajudaram a preparar é certeza de uma alegria maior ainda.