Três projetos de lei apresentados na última quinta-feira (15/05) por parlamentares na Câmara dos Deputados buscam impor restrições ao uso de bonecos hiper-realistas, como os chamados “bebês reborn”, no Brasil. As propostas visam limitar benefícios e atendimentos normalmente reservados a seres humanos, como o uso de assentos preferenciais e o acesso a serviços de saúde, públicos ou privados.

Um dos projetos, de autoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), propõe a proibição total do atendimento a esses bonecos em qualquer unidade de saúde do país. A justificativa é que esses objetos, apesar de sua aparência extremamente realista, não são seres vivos e, portanto, não devem ocupar recursos e espaços destinados a pessoas reais.

A discussão levanta preocupações sobre os impactos emocionais e psicológicos que essa prática pode envolver. Embora muitas pessoas adotem os bonecos reborn como forma de conforto ou superação de traumas, o uso contínuo desses artefatos em contextos sociais, como se fossem crianças reais, pode indicar ou até intensificar estados de fragilidade emocional, exigindo atenção especializada.

Os projetos ainda serão analisados pelas comissões temáticas antes de seguir para votação no plenário da Câmara.