O senador Magno Malta (PL-ES) usou a tribuna do Senado nesta terça-feira (24) para manifestar indignação com a conduta do governo federal no caso de Juliana Marins, a turista brasileira que morreu após cair de uma trilha na encosta do Monte Rinjani, na Indonésia. O corpo da vítima só foi encontrado quatro dias depois do acidente, ocorrido no último sábado (21).
Para o parlamentar, houve omissão por parte do Itamaraty, que, segundo ele, não teria adotado medidas eficazes de resgate. Malta comparou a resposta do governo brasileiro neste episódio com a atuação diplomática em outros casos de repercussão internacional.
— São dois pesos e duas medidas. O Brasil abandona seus cidadãos, mas faz questão de abraçar criminosos — declarou.
O senador citou como exemplo a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, que está asilada no Brasil desde abril. Ele lembrou que Heredia foi condenada no âmbito da Operação Lava Jato peruana e recebeu apoio do governo brasileiro, incluindo transporte em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
— Justifiquem para mim por que o Itamaraty não se movimentou para socorrer essa jovem que comoveu o Brasil, por quem o mundo inteiro apelou — cobrou.
O caso de Juliana Marins ganhou grande repercussão nacional e internacional, com campanhas nas redes sociais pedindo auxílio para as buscas.