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Ex-cortador de cana e gari se forma em Pedagogia aos 42 anos

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Jacob Dias da Silva com o diploma – Foto: arquivo pessoal



Jacob Dias da Silva venceu todas as dificuldades impostas pela vida. 



Depois de ser cortador de cana, gari e de enfrentar a paralisia infantil, ele finalmente realizou o sonho de se formar em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas – Ufal.
A conciliação do trabalho, com carga horária intensa, não impediu Jacob de estudar para mudar sua realidade.
Ele chegou a escrever no barro, por falta de folhas de papel, para memorizar o que aprendia em sala de aula.



Alagoano de 42 anos e natural do município de Poço das Trincheiras, Jacob morava no povoado Quandu.





Paralisia infantil

Nos primeiros meses de vida teve paralisia infantil. 
“Era um tipo raro, os médicos diziam que não tinha cura e que eu ficaria paralítico durante toda minha vida”, disse.
Mas aos sete anos, Jacob começou a falar e andar.
Ele associa a cura, à crença da mãe. 





“Fui curado pela fé da minha mãe. Com isso, aos oito anos comecei a estudar na escola isolada Irineu Tenório, situada no povoado”, contou.



Mesmo com as sequelas da paralisia, Jacob começou a trabalhar cedo, aos 14 anos. 
Seu primeiro emprego era como cortador de cana em usinas da cidade de Santa Luzia do Norte. Eram 12 horas de trabalho por dia.
“Eu saía de madrugada, às 2h, e chegava em casa umas 19h30”, relembra.
Escrevia no barro



Para não interromper os estudos, Jacob levava o material para estudar no canavial. Como nem sempre tinha folha de papel, ele escrevia na estrada de barro, para lembrar o conteúdo da aula.





No ano 2000 Jacob começou a trabalhar como gari. Nessa época, ele já estava no ensino médio.
“Terminei o curso de magistério e quis prestar vestibular”.
Ele sabia que queria pedagogia, mas não passou de primeira. A vitória veio após fazer alguns anos de cursinho comunitário.
Em 2015, Jacob entrou na faculdade e ia, todos os dias, de Santa Luzia para a Universidade.





Hoje, ele agradece aos professores.
“Eu agradeço a todos os professores que fizeram parte da minha história. 





Em especial, a minha professora Lourdes Laranjeira, que tem 90 anos e eu tive a oportunidade de voltar a conversar com ela em 2017. 
Eu queria ter levado ela para minha colação, mas não deu”, ressaltou.
Emprego novo
Na semana passada ele começou uma nova etapa na vida, agora como professor.



Foi chamado pela Prefeitura da cidade na qual trabalha para ministrar aula em algumas turmas.



Jacob disse que a classe pobre precisa lutar e persistir.
“Agradeço demais ao povo de Santa Luzia o carinho pela minha conquista e aos meus colegas garis que trabalham comigo… Confesso que estou muito feliz com minha nova profissão”, concluiu.
Com informações do CadaMinuto

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