urta-metragem realizado por jovens talentos da Baixada propõe uma nova forma de olhar para a história brasileira

O Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo e com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, apresenta a estreia do curta-metragem Memória: História é Filme, Não é Foto, em exibição para convidados nesta quinta-feira (15/5), no auditório do IFRJ Nilópolis, devido ao limite de poltronas. Realizado por jovens talentos da Baixada Fluminense, o filme tem direção de Emanuel Sant e roteiro escrito por ele, Victor Marino e NATÖ.

O curta é definido pelo diretor como uma mistura de ficção história e drama. A obra propõe uma nova forma de olhar para a história brasileira, não como um retrato congelado no tempo, mas como um filme em constante montagem. Com 17 minutos e inspirada na música homônima de NATÖ, artista de Duque de Caxias, o filme entrelaça passado, presente e futuro.  Paulo D’Souza, Rita Niza, Fernando Lúcio e Miguel Queiroz integram o elenco.

Quatro personagens têm suas vidas interligadas pela resistência e a identidade através dos tempos. A narrativa acompanha um escravizado fugindo em busca de liberdade, um jovem artista enfrentando a opressão contemporânea, escancarando a persistência do racismo e as lutas da população negra no Brasil; uma criança ambulante vivendo em uma sociedade igualitária no futuro e uma professora indígena que tenta resgatar a memória histórica ao ensinar que a história do Brasil é um filme inacabado.

“O processo de criação do filme memória começou antes da produção do curta-metragem de fato. Eu queria contar minhas histórias também. Antes de ser um diretor de cinema, eu já  era um grande consumidor de videoclipes e música. Quando eu ouvi as composições do NATÖ, pensei: por que não juntar nossos trabalhos? Aí chamei o Victor Marino para escrever em cima dessa ideia”, recorda Emanuel Sant.

O grafite, obra visual de Bea Simões, homenageia personalidades fundamentais da cultura da Baixada Fluminense, como Heraldo HB, Giordana Moreira, Luciano Paz, Malê; Sílvia de Mendonça, Dudu de Morro Agudo, Dida Nascimento e Fábio Mateus. Esses nomes foram escolhidos por sua atuação concreta na preservação da memória da região — sejam nas artes, na educação, no ativismo ou na produção cultural.  A equipe de produção é em sua maioria integrada por profissionais formados pela EncontrArte Audiovisual, iniciativa criada por Fábio Mateus.

Com trilha original inspirada em um artista local e grafite como extensão narrativa nas ruas de Duque de Caxias, o filme rompe os limites da tela para se tornar um manifesto cultural enraizado no território.  Laura Gonna coordena a produção do curta-metragem.